quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Vocação: um encontro de duas liberdades!


Neste mês de Agosto celebramos na nossa Igreja o tradicional mês das vocações. Somos convidados a refletir sobre as mais variadas vocações que ajudam na evangelização e na promoção da vida humana. É bem verdade que quando falamos de vocação logo vem a nossa mente as vocações específicas, tais como o padre ou a freira. Todavia queremos destacar a importância das outras vocações que também com seu jeito anunciam a Palavra de Deus nos mais variados locais. Como não pensar na vida matrimonial que podem dar uma contribuição enorme para a nossa sociedade formando não apenas cidadãos, mas acima de tudo bons cristãos que vão viver sua fé em meio à sociedade atual.

Gostaria de repetir o que foi dito sobre a vocação. Que de fato ela é um encontro de duas liberdades. Essas duas liberdades se encontram quando há um chamado por parte de Deus ao ser humano. Uma primeira liberdade é a de Deus, Ele chama a cada um(a) de nós, chama a todos sem distinção. É um chamado especial, pois é pessoal e intransferível, ou seja, Deus chama a mim e a você e esse chamado é direcionado e por isso não posso passar. Somos resultado de um pensamento de Deus. Pense por um momento numa realidade bastante bonita: somos um pensamento de Deus! Ele por um momento pensou em mim e em você e isso é belo.

Não existe aquele que diz não ter vocação, existe alguém que ainda não descobriu o seu chamado e por isso não se encontrou enquanto cristão e enquanto pessoa. Nesses dias tive a oportunidade de fazer uma terapia em Belo Horizonte e pude visualizar muitas cenas bonitas de minha vida até então desconhecidas, mas dentre elas algumas foram fortes. Destaco nesse mês vocacional as cenas da minha vocação quando através da terapia pude ver o momento em que saí de Deus e vim em direção à vida. Ouvi sua voz conversando comigo, me colocando junto ao seu peito. Suas palavras eram claras e até hoje ecoam dentro de mim. “Emanuel, não tenha medo! Eu estou contigo e Eu te amo.”

Neste mês te convido a rezar por todos os vocacionados e vocacionadas. Ainda lembro que no dia 4 de Agosto celebramos a memória de São João Maria Vianney, homem cheio de piedade para com as pessoas. Ele é o padroeiro de todos os padres. Rezemos por todos os padres pedindo a Deus que os ilumine sempre em sua difícil tarefa de serem as mãos de Deus entre os homens. Assim neste mês gostaria de convidar você para uma missão: convide os jovens que você conhece para no dia 28 de Agosto, a partir das 8 horas da manhã, no salão da matriz São José participar do encontrão Vocacional onde refletiremos sobre a vocação como presente de Deus para a sua Igreja. Que Maria, Mãe das vocações coloque nos nossos corações o desejo de servir a Deus em sua Igreja sendo sal da terra e luz do mundo.

“Pedi ao Senhor da Messe que envie operários para a sua messe” (Mt 9, 38)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

As mesmas caras, as mesmas lideranças...

Engraçado!

Esses dias eu estava na internet e vi algumas falácias (mentiras). Algumas fotos engraçadas, alguns depoimentos de orkut bem criativos e um blog comunitário que só tem fotos de alguns. Tem coisa engraçada né? Imagina só se pode acontecer isso! Um blog comunitário que só tem fotos de alguns. Parece até que é sonho.
É tudo como sempre as mesmas caras, as mesmas lideranças, o mesmo centralismo. Até ´parece que eu tava acordado. Ainda bem que nessa hora eu tava dormindo, só depois acordei ainda bem!

terça-feira, 23 de março de 2010

Acreditamos ainda?


Estamos vendo quase todos os dias notícias que mancham a nossa identidade de cristãos. Sabemos que esses escândalos ferem diretamente a nossa consciência e por vezes a nossa fé. Mas diante de tudo isso vem a questão: mesmo diante dessas situações onde colocamos nossa confiança? Em Deus ou nos homens?

Queremos de fato colocar nossa cofiança em Deus que ama cada pessoa e de maneira alguma faz distinção de pessoas, queremos mesmo nas dificuldades estender a nossa mão em favor daqueles que de alguma forma agora estão como aquela mulher do evangelho de domingo passado. Talvez espera um julgamento acompanhado de uma sentença. Ainda bem que Jesus sentencia de forma diferente, coloca cada pessoa no lugar daquela mulher pega em adultério. Claro, sei que fariamos o mesmo não é verdade? Você também não faria o mesmo? Não teriamos coragem de jogar a pedra da indiferença?

Fica aqui uma reflexão de alguém que quer amar as pessoas como o próprio Cristo nos ensinou e amou, com Ele nos mostrou o verdadeiro caminho somos chamados a sermos multiplicadores deste caminho capaz de dizer "se ninguém te condenou também eu não te condeno".

Emanuel Rodrigues da Silva.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Para Refletir

Sacerdotes casados: exceção que deve ser entendida como tal
Entrevista com o Pe. Laurent Touze, da Pontifícia Universidade da Santa Cruz
Por Carmen Elena Villa
ROMA, terça-feira, 9 de março de 2010 (ZENIT.org).- Um momento para a reflexão e o aprofundamento no tema do celibato sacerdotal foi realizado na Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Roma), nos dias 4 e 5 de março.
O evento acadêmico, do qual participaram centenas de sacerdotes de Roma e de diversas dioceses do mundo, assim como dezenas de leigos e religiosos, contou, entre outros, com a presença do prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Claudio Humes O.F.M, e do prefeito da Congregação para a causa dos Santos, Dom Angelo Amato.
Diferentes sacerdotes, leigos e acadêmicos falaram sobre a natureza do celibato, sua origem e sentido, assim como sobre as exceções que a Igreja permitiu, especialmente em alguns ritos orientais e nos sacerdotes ex-anglicanos que contraíram matrimônio e que desejam entrar em plena comunhão com a fé católica.
O Pe. Pablo Gafael, em sua conferência, “O celibato sacerdotal nas igrejas orientais”, reconheceu que, no tema das exceções que a Igreja permite, é preciso entrar “na ponta dos pés”, enquanto o Pe. Stefan Heid mostrou, em sua conferência, como a Igreja, ao longo da história, foi discernindo e assimilando a importância de que os sacerdotes vivam a continência perfeita pelo Reino de Deus.
Para esclarecer este tema, Zenit entrevistou o Pe. Laurent Touze, professor da Pontifícia Universidade da Santa Cruz de Roma, que participou desde congresso com a conferência “O celibato está vinculado ao sacramento da Ordem? Para uma teologia espiritual do celibato”.
-O celibato é um dogma de fé ou uma disciplina?
Laurent Touze: Nem um nem outro. Não é um dogma de fé, porque atualmente se vê na Igreja que existem sacerdotes casados, como, por exemplo, alguns da Igreja Católica oriental. Nem todos, mas alguns admitem sacerdotes casados ou, como se recordou recentemente no motu proprio do Santo Padre, Anglicanorum coetibus, publicado em 4 de novembro de 2009: entre os ex-anglicanos que querem voltar à comunhão com a Igreja Católica, serão admitidos sacerdotes casados.
-Com esta medida, você acha que o celibato poderia um dia chegar a ser voluntário também para os sacerdotes do rito latino?
Laurent Touze: Não, porque a Igreja está entendendo cada vez mais a relação entre o sacerdócio, o episcopado e o celibato. É algo que poderia se assemelhar à revelação de um dogma, ainda que não o seja neste momento e se tende sempre mais a entender que se deve promover entre todos os sacerdotes, e também entre os sacerdotes católicos orientais, uma prática que seja verdadeiramente similar à que se vivia nos primeiros séculos.
-Mas, se nos primeiros séculos havia tantos sacerdotes casados, entre eles os apóstolos...
Laurent Touze: Estudos demonstraram de forma convincente que este fato deve ser interrogado: não se vivia a continência de todos os clérigos, mas desde o momento da inclusão da ordem sacerdotal, estes homens deveriam viver a continência com a permissão da própria esposa, porque isso era um compromisso do casal.
-Então por que são feitas exceções?
Laurent Touze: Historicamente, porque houve uma manipulação de textos e penso que uma má tradução que a Igreja oriental, que se separou de Roma e reconheceu que havia declarado contrariamente à tradição, poderia ser aceita. Neste sentido, há verdadeiramente algumas exceções. A Igreja descobriu que tinha a possibilidade de admitir exceções, mas que deveriam ser entendidas dessa forma. Respeitavelmente, como sublinhou o Concílio Vaticano II, nas igrejas católicas orientais há sacerdotes casados santíssimos que contribuíram muito para a história da Igreja e da fé em épocas de perseguição, mas são verdadeiramente exceções.
-Mas, com os bispos, não são feitas estas exceções. O celibato episcopal tem algum significado especial?
Laurent Touze: É muito diferente, tanto teológica como historicamente. Mais ainda, o Concílio Vaticano II, com a constituição Lumen Gentium, definiu que o episcopado é a plenitude do sacramento da ordem. É necessário descobrir a especificidade do episcopado e, por conseguinte, o celibato episcopal. E pode ser demonstrado com o fato de que, no celibato ou continência do bispo, jamais foi feita uma exceção.
Isso é algo estudado pela Igreja, sobre o qual o pontificado romano teve de refletir mais recentemente na história contemporânea depois da Revolução Francesa, porque alguns bispos, ou melhor, ex-bispos, pediam para se casar.
Isso foi estudado e se disse que era impossível, que isso não deveria ser feito nunca, que estava em jogo o assunto dogmático ou, ainda mais recentemente, com a ordenação de homens casados e bispos esposados que se efetuaram na ex-Tchecoslováquia por imposição ou com a pressão do partido comunista ao poder. Também aí, a Igreja havia afirmado que o bispo sempre deve ser celibatário.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Com Licença...


Talvez essa seja a expressão mais cara a muito gente. É certo quemuitas situações pedem de nós posturas mais claras e objetivas em relação a nossa postura enquanto seres que pensam. Quem não lembra de Tales de Mileto, filósofo pré-socrático, que de tanto andar olhando o céu caiu dentro de um buraco; quem não esquece de desencontros na vida onde o que menos se quer é causar transtorno as pessoas.

Pacientemente eu digo: pelo amor de Deus deixem a estupidez guardada, joguem a indiferença no lixo, busquem a sinceridade que contrua novos relacionamentos! Ainda não comecei andar descalso, não deixarei de cuidar de mim (templo do Espírito Santo), não vou negar aquilo que sou para abraçar aquilo que não me pertence, deixei muito pois quero ganhar o tudo que puder, pois já dizia São João da Cruz: "para vir a terdes tudo não queiras ter nada."

Ainda hoje senti o que significa buscar a verdade e entedê-la como desnecessária. Ah! é melhor deixar prá lá. Quem sabe um dia felicidade e verdade caminharão lado-a-lado.

Fragmentos de pensamentos.

Com sentimento de gratidão:

Emanuel Rodrigues

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia internacional das Mulheres


Mulheres em caminho


Entrevista com a escritora Marta Nin

BARCELONA, segunda-feira, 8 de março de 2010 (ZENIT.org).- Recriar o encontro de 15 mulheres do Evangelho com Cristo foi o que fez a escritora e jornalista Marta Nin, no livro Mujeres en camino.
Nin, que é correspondente de vários meios de comunicação espanhóis em Roma, destaca nesta entrevista que, quando Jesus se encontra com as mulheres, trata-as com amor, e não as julga.
–Por que relatar o encontro de 15 mulheres do Evangelho com Jesus?
–Marta Nin: Em um primeiro momento queria escrever um livro sobre Marta, porque eu também tenho este nome. Quando era jovem, meu nome me parecia muito banal, porque minha geração estava cheia de “Martas”.
Um dia, um amigo disse-me que o Evangelho de João dizia: “Jesus amava Marta”. Isso me chegou à alma, porque pensava que não havia nenhuma citação no Evangelho que dizia que Jesus apreciava tanto alguém ao ponto de usar o verbo amar.
A partir desse momento, reconciliei-me com meu nome e me aproximei de Marta de Betânia. É a figura de que a tradição exegética fez um estereótipo, junto com Maria: Marta a ativa e Maria a contemplativa. Mas a mim parecia uma figura muito mais rica. Pensei então em escrever um livro que fosse sobre Jesus visto com os olhos de Marta. A inspiração inicial foi essa, mas logo me vieram outras mulheres. A partir daí saíram 15 relatos.
–No livro, faz várias vezes referência à gratuidade com que Cristo trata as mulheres. É o ponto que fazia com que elas se colocassem “a caminho”?
–Marta Nin: Sim. Seguramente, a diferença de Jesus, a novidade do cristianismo, é a gratuidade do amor. É um amor que não discrimina. Jesus, contrariamente ao que ocorria em sua época, ama a todos, de forma igual, sejamos mulheres, prostitutas, leprosos, pecadores... Inclusive parece haver uma predileção pelos que estão mais distantes.
Jesus nos convida a esta gratuidade. Nisso Jesus se faz mestre. Precisamente o que Ele prega é o que vive, pois se entrega por todos. Isso é o que cativa: um amor assim muda a vida. E é o que acontece também com estas mulheres. Quando elas fazem a experiência desse amor, não podem seguir como antes.
–Além da gratuidade, há alguma outra característica que se repete quando as mulheres se encontram com Jesus?
–Marta Nin: Seu olhar para elas, o fato de não julgá-las. Isso é muito difícil também, porque humanamente todos temos a tendência de julgar o outro, inclusive a condená-lo, ainda que seja só mentalmente.
Jesus não coloca etiquetas. Há que pedir-lhe que nos ajude a não julgar. Mas isso não significa não ter espírito crítico. Ainda que alguém cometa uma ação má, é preciso aproximar-se dessa pessoa, acompanhá-la e amá-la, sem esperar nada em troca. Esse amor é o que desarma.
–Ao ler o livro, alguém pode-se sentir identificado com alguma das mulheres, ou com todas... Há alguma de quem se sinta mais próxima?
–Marta Nin: Todas estas mulheres têm algo de mim. Mas não só estas mulheres, mas todos os personagens do Evangelho, precisamente porque é Palavra Viva. Todas são situações pelas quais passamos. Não iguais de maneira concreta, como a prostituição, ainda que haverá mulheres que passaram por isso. Quando escrevi o relato da prostituta, tentei me colocar em seu papel, sobretudo no desejo de ser amada, que é o desejo de todos. Afinal, só há um amor que preenche para sempre: o amor de Jesus.
–Qual foi o relato mais difícil de escrever?
–Marta Nin: O de Maria, porque me custava colocar em seu papel, já que temia desfigurá-la ou equivocar-me, porque no livro tudo são recriações, mas recriar sobre Maria me exigia muito respeito. Inspirei-me em uma frase de Bento XVI que fala de que Maria é a casa da Palavra de Deus.
–Pelo título e conteúdo pode-se pensar que o livro tem uma intenção feminista. É assim?
–Marta Nin: Não. Queria dar um nome a essas mulheres, porque eu sou mulher e creio que a mulher no início do cristianismo tinha um papel importante, pois Jesus as resgatou da marginalização em que se encontravam em sua época, mas isso logo se foi perdendo.
Como a Palavra de Deus foi escrita por homens e transmitida em sua maioria por homens eruditos, a pessoa da mulher ficou um pouco diluída, e isso sim me interessava, mas tentei não fazer uma hermenêutica teológica, pois minha releitura é sobretudo literária e narrativa.
(Nerea Rodríguez del Cuerpo)

domingo, 7 de março de 2010

Um retiro...


(Seminaristas do 3º ano de Teologia, Pe. Paulo Ricardo, Pe. Ademilton e Pe. José Luiz)

Este ano de 2010 começamos com muitas atividades. Mais um que chamou nossa atenção foi o retiro com o Pe. Paulo Ricardo aqui no seminário. O padre Paulo é um teólogo, e disso não tenho dúvidas, no entanto as suas reflexões foram de fundamental importância no que diz respeito a formação sacerdotal e a postura do padre no mundo de hoje.


Sabemos que neste mundo em que vivemos há cada vez mais uma hostilidade no que se refere a postura da Igreja e de seus membros fazendo do sucessor de Pedro quase um demônio para o mundo moderno. As palavras do padre Paulo foram bem diretas e fortes só não entendeu quem não quis. É preciso ter consciencia de quem nós somos e qual o nosso papel, pois precisamos de pessoas que vivam sua vocação com sinceridade e radicalidade, tendo em vista que só nos configurando com Cristo totalmente chegaremos ao estágio paulino que disse: "não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim."


No mais depois poderei dar uma maior explanação sobre os temas propostos pelo Pe. Paulo Ricardo.


Em Cristo o sacerdote fiel:


Emanuel Rodrigues

Minhas Reflexões

Minhas Reflexões
Esse Blog tem por finalidade partilhar com você caro leitor algumas das minhas reflexões. Agradeço a sua atenção e lhe peço que sempre que for possível deixar seu comentário sobre os textos. Obrigado